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Postada em: 03/04/2018

Financiamento para a indústria em xeque voltar

Embora existam diversas modalidades disponíveis, é preciso avaliar com critério a que melhor atende ao momento da empresa

*Por Rodolfo Floriano Santos

As linhas de financiamento para indústria acabaram sofrendo forte impacto em função das graves crises econômica e política recentes. O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ajustou os custos e prazos de suas linhas, praticamente alinhando ao setor bancário privado. Além do aumento significativo do custo, os critérios de acesso ao crédito ficaram muito mais rigorosos, dificultando muito a vida das empresas.

Em período recente, o BNDES disponibilizou linhas com custo subsidiados pelo Tesouro. Em um primeiro momento foi útil, principalmente após a crise de 2009, porém a manutenção corroborou muito com nosso principal problema atual do Governo, a situação Fiscal e o aumento explosivo do endividamento.

Enquanto isso, os bancos comerciais estão extremamente seletivos para concessão de crédito, trabalhando com spreads elevados e prazos curtos. Ou seja, uma vez mais a indústria acaba penalizada, sem ter muito para onde correr. A oferta existe e é farta. O que não está fácil é, mesmo na diversidade, encontrar um bom custo x benefício.

Conheça as principais linhas do BNDES para indústria:

  • Progeren - Capital de Giro Longo Prazo;
  • Finame - Aquisição de Máquinas e Equipamentos;
  • Exim - Financiamento para Exportação;
  • BNDES Automático - Projetos e Investimento de Longo Prazo (ex: implantação de nova unidade industrial).

...e nos bancos comerciais:

  • Leasing - Locação Financeira ou Arrendamento Mercantil;
  • Leaseback - Modalidades de Leasing, conhecida como Leasing de Retorno;
  • Capital de Giro Parcelado de Longo Prazo;
  • FIMIMP (Importação de Equipamentos) e outros.

Mercado de Capitais

Afora o clássico oferecido pelo mercado financeiro, existem, ainda, outras modalidades que valem ser consultadas, como Mercado de Capitais. Nesse caso, há possibilidade de realizar contratos com os custos pré-fixados (incluso a previsão de inflação futura), ou seja, sabe-se o valor das parcelas vindouras e não há correção. Entretanto, vale explicar que o custo final incorpora um aumento. Caso opte pelo contrato indexado, inflação pelo INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor, por exemplo, uma parte é corrigida e outra fixa.

Opções existem. É preciso avaliar com critério a que melhor atende ao momento de sua empresa.

*Rodolfo Floriano Santos é gerente financeiro da SIL Fios e Cabos Elétricos. É formado em Ciências Econômicas e pós-graduado em Administração Contábil e Financeira.